Atenção aos médicos
Médicos em grupos de risco e escala médica
- Maior de 60 anos (com ou sem comorbidades);
- Hipertensos;
- Diabéticos;
- Portadores de obesidade mórbida;
- Pneumopatas e cardiopatas;
- Em tratamento oncológico;
- Gestantes (caso não haja doença ou quadro patológico sugere-se a cid inespecífico como Z34.9);
Estes profissionais citados acima podem ser realocados para teleatendimento e teleorientação de pacientes, ou teleinterconsulta (dando orientação e auxiliando no diagnóstico) para os médicos atuantes na linha de frente (ver orientações sobre modalidades de telemedicina abaixo)
Em caso de afastamento ou escassez de médicos poderão ser convocados como medida de emergência os profissionais na seguinte ordem:
- Médicos ambulatoriais e prática privada, das diversas especialidades sendo público ou privado: estes profissionais que estão temporariamente afastados de suas atividades por orientação do Ministério da Saúde e CFM, poderão auxiliar na assistência da população acometida tanto no Unidade Básica de Saúde, como nas Unidades de Pronto Atendimento e Rede Hospitalar;
- Acima de 60 anos: profissionais hígidos e sem comorbidades de risco;
- Aluno do 6° ano de Medicina com supervisão: estes já estão aptos a realizar exame físico, solicitar exames e adiantar o atendimento;
- Aposentados.
Deve ser organizada escala de equipe médica de retaguarda para evitar desassistência, caso haja, entre a equipe médica, desfalque devido a potencial infecção.
Todos os médicos deverão ser capacitados para o atendimento de emergência e às necessidades demandadas pela pandemia do covid-19, antes de serem direcionados para a linha de frente.
Médicos com sintomas de covid-19
Os casos positivos devem seguir orientações das autoridades sanitárias e recomendações médicas individuais.
Fluxo de atendimento no Pronto Socorro ao COVID-19
Orienta-se:
- Que todos os serviços de atendimento aos casos suspeitos de infecção pelo COVID-19, independente da complexidade do serviço, adote normas e rotinas de procedimento, de acordo com seu perfil;
- Que toda a equipe de saúde assistente seja treinada na identificação de caso suspeito e possa orientar o fluxo destes pacientes;
- Que exista um fluxo destes pacientes de forma distinta ao fluxo de atendimento de outros pacientes da unidade de saúde;
- Que seja definida área de espera, consulta e medicação exclusiva para os casos suspeitos;
- Que haja uma triagem exclusiva para os pacientes que refiram qualquer sinal ou sintoma de síndrome gripal;
- Que caso o paciente apresente qualquer sinal ou sintoma de síndrome gripal, que seja fornecido, imediatamente, ao mesmo máscara cirúrgica, a qual o paciente deve ser usada desde o momento de sua entrada no serviço até a finalização de seu atendimento;
- Que seja definido um espaço exclusivo para o atendimento dos casos suspeitos, com a menor circulação de pessoas possíveis, que o atendimento seja feita em sala privada ou espaço exclusivo para pacientes em isolamento respiratório;
- Que haja escala de equipe médica de retaguarda para evitar desassistência caso haja entre a equipe médica desfalque devido a potencial infecção dos assistentes;
- Que seja utilizado durante todo o período, que o paciente encontre-se no ambiente hospitalar, todos os cuidados de higiene pessoal e ambiental, seguindo as recomendações vigentes;
- Que seja fornecido atestado médico de afastamento de atividades, assim como orientações para cuidados domiciliares.
Nos casos de pacientes que necessitem de internação:
- – Que assegure a prioridade de leitos hospitalares de enfermaria e UTI aos pacientes com quadro de síndrome gripal;
- – Que assegure o suprimento de EPI para todos que entrarem em contato com o paciente, precaução de contato e gotículas, para profissionais que realizem procedimentos, como intubação orotraqueal, precaução para aerossol;
- – Que seja dado prioridade de casos suspeitos para COVID-19, ambientes com pressão negativa, dentro do possível.
Obs: sugere-se as unidades de saúde que reforce medidas preventivas e orientações aos usuários quanto a infecção pelo COVID-19, através de banner ou instruções que oriente os casos de necessidade de procura de serviço médico, assim como o serviço a ser direcionado de acordo com a gravidade do quadro.
Orientações quanto aos equipamentos de proteção individual (EPI)
Ambulatorial: máscara cirúrgica e luvas descartáveis;
Atendimento em UPA, Pronto Socorro, Unidades de Terapia Intensiva, Unidades semi-intensivas: máscaras padrão N95 ou similar, luvas, gorro, capote e óculos de proteção/protetor facial para situações de contato com secreção e/ou geradoras de aerossóis
Orientações sobre Equipamento de proteção individual (EPI)
Macacões
Máscaras
Esclarecimento sobre uso de Respiradores – Corona Vírus (Covid-19)
Qual o tempo de vida útil dos respiradores utilizados em ambiente hospitalar?
A vida útil do respirador é variável, posto a impossibilidade de quantificar a viremia ao qual o profissional da saúde está sendo exposto.
Estratégias de crise podem ser consideradas durante severa escassez de EPI e devem ser usadas com as opções de contingência para ajudar a ampliar os suprimentos disponíveis para as necessidades mais críticas. Como a disponibilidade de EPI volta ao normal, as unidades de saúde devem retomar imediatamente as práticas padrão.
Lembrando que o reaproveitamento seguro de N95 é afetado por uma série de variáveis que impactam a função respiratória e a contaminação ao longo do tempo.
Reutilização do respirador N95 como estratégia de crise, com ressalvas e orientações:
- Descarte os respiradores N95 após o uso durante os procedimentos de geração de aerossóis.
- Descarte os respiradores N95 contaminados com sangue, secreções respiratórias ou nasais ou outros fluidos corporais dos pacientes.
- Descarte os respiradores N95 após contato próximo ou saída da área de cuidados de qualquer paciente co-infectado com uma doença infecciosa que exija precauções de contato.
- Descarte qualquer respirador que esteja obviamente danificado, sem vedação adequada ou que seja difícil de respirar.
- Utilização da N95 com face shield para reduzir a contaminação da superfície.
- Execute a higiene das mãos com água e sabão ou um desinfetante para as mãos à base de álcool antes e depois de tocar ou ajustar o respirador.
- Siga as instruções do usuário do fabricante.
- Se houver a necessidade de reutilização, pelo mesmo profissional, deve considerar as rotinas orientadas pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do serviço de saúde e constar no Protocolo de reutilização.
- Use um par de luvas limpas (não estéreis) ao vestir um respirador N95 usado e realizar uma verificação de selo do usuário. Descarte as luvas depois que o respirador N95 ajustado e esteja garantido uma boa vedação.
- Os profissionais de saúde devem inspecionar visualmente a máscara N95/PFF2 ou equivalente, antes de cada uso, para avaliar se sua integridade foi comprometida. Máscaras úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos, devem ser imediatamente descartadas.
Posicionamento da Anvisa
Anvisa publicou a Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020, que orienta os profissionais de saúde a utilizarem máscaras N95 ou equivalentes por um período maior que o indicado pelos fabricantes, desde que a máscara esteja íntegra, limpa e seca. A Agência não orienta o uso de máscaras vencidas, mas indica o uso além do prazo de validade designado pelo fabricante. Isso porque muitos desses produtos têm indicação de descarte a cada uso.
Posicionamento da CDC
Orienta seguir a instrução do fabricante, porém se houver a necessidade de reutilização recomenda:
- Siga o número máximo de utilizações recomendadas pela gerencia de saúde do serviço (ou até cinco usos por dispositivo, se o fabricante não fornecer uma recomendação, para garantir uma margem de segurança adequada) e os procedimentos de inspeção recomendados.
- A reutilização deve ser limitada.
- os respiradores podem funcionar dentro de suas especificações de design por 8 horas de uso contínuo ou intermitente.
- Orientações da Cartilha de Proteção Respiratória Contra Agentes Biológicos para Trabalhadores da Saúde (Fundacentro)
A PFF2 pode ser reutilizada pelo mesmo usuário enquanto permanecer em boas condições de uso (com vedação aceitável e tirantes elásticos íntegros) e não estiver suja ou contaminada por fluidos corpóreos. O manuseio inadequado, entretanto, pode transportar patógenos da superfície externa do filtro para a parte interna, reduzindo a vida útil da PFF. Para patologias transmitidas também por contato, não é recomendado o reuso da PFF.
Para definir a freqüência de troca da PFF2 deve-se considerar o tipo de patógeno, o tempo de exposição e as características do ambiente (tamanho da área física, tipo de ventilação, etc.). A CCIH, SESMT ou setor responsável deve preparar procedimentos operacionais sobre guarda, reuso, e descarte.
Orientação ANAMT
A máscara N95 pode ser usada em até 15 dias, caso ela esteja em boas condições.
Bibliografia
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/respirators-strategy/index.html
https://www.cdc.gov/niosh/topics/hcwcontrols/recommendedguidanceextuse.html
Cartilha de proteção respiratória contra agentes biológicos para trabalhadores da saúde
http://www2.ebserh.gov.br/documents/214604/816023/Cartilha+de+Prote%C3%A7%C3%A3o+Respirat%C3%B3ria+contra+Agentes+Biol%C3%B3gicos+para+Trabalhadores+de+Sa%C3%BAde.pdf/58075f57-e0e2-4ec5-aa96-743d142642f1
Portaria 3.214/1978 – Ministério do Trabalho
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=9CFA236F73433A3AA30822052EF011F8.proposicoesWebExterno1?codteor=309173&filename=LegislacaoCitada+-INC+5298/2005
Programa de Proteção Respiratória da Fundacentro
https://www.psegsst.com.br/servicos/protecao-respiratoria?gclid=CjwKCAjwqJ_1BRBZEiwAv73uwOGTr3U34JLGrLvpJtQs6tXoOs43mjHCNa2QpG7CLAUQINZNIr5NgRoCCcUQAvD_BwE
Manual da empresa 3MM e Deltaplus
https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2020/03/30/coronavirus-saiba-quando-usar-mascara-de-protecao/
Viseiras
Óculos
Avental
Luvas
Medidas de antissepsia contra o coronavírus
Protocolo de Remanejamento de Médicos
Frente a pandemia e ao cenário que enfrentaremos nas próximas semanas, sabemos que o número de médicos que atuam atualmente nos serviços de atendimento de emergência, assim como em setores críticos para o atendimento dos pacientes com COVID-19, orientamos as seguintes ações:
Em relação aos médicos que estão atendendo na linha de frente dos serviços:
- Convocação de médicos de todas as áreas do hospital para a atuação nos serviços de atendimento dos casos suspeitos com baixa gravidade;
- Retirar dos setores de atendimento de potenciais casos de COVID-19 os médicos pertencentes aos grupos de risco: maiores de 60 anos (com ou sem comorbidades), em tratamento oncológico ou imunossupressor, portadores de doenças crônicas e gestantes;
- Manter equipes reduzidas dentro da possibilidade local para evitarmos exposição de grande número de profissionais;
- Manter equipe de retaguarda para os serviços de emergência.
Em relação aos serviços de atendimento em unidades de cuidados dos pacientes críticos:
- Concentrar os médicos com vivência maior com pacientes graves nestes setores;
- Retirar dos setores de atendimento de potenciais casos de COVID-19 os médicos pertencentes aos grupos de risco: maiores de 60 anos (com ou sem comorbidades), em tratamento oncológico ou imunossupressor, portadores de doenças crônicas e gestantes;
- Manter equipes reduzidas dentro da possibilidade local para evitarmos exposição de grande número de profissionais;
- Manter equipe de retaguarda para os serviços de cuidados intensivos.
Vale ressaltar que todos os médicos deverão ser capacitados para o atendimento de emergência, frente às necessidades demandadas pela pandemia do COVID 19, antes de ser direcionados para a linha de frente.